Ucrânia acusa Rússia de Ataques com Drones em Portos de Cereais
Em meio à crescente tensão entre a Ucrânia e a Rússia, novas acusações emergiram envolvendo ataques com drones a armazéns de cereais em um porto ucraniano. Autoridades ucranianas acusaram o Kremlin de lançar ataques não tripulados contra infraestruturas portuárias, enquanto forças russas derrubaram aeronaves não tripuladas na região de Ka.
Nesta quarta-feira (16), o governo ucraniano relatou que três drones foram abatidos por forças russas na região de Ka, em resposta a supostos ataques aéreos não tripulados. Oleg Kiper, porta-voz das forças ucranianas, divulgou em redes sociais que “terroristas russos realizaram dois ataques com drones na região de Odessa na noite passada”. Detalhes sobre os alvos específicos e a extensão dos danos ainda são limitados.
O porta-voz não especificou qual dos portos ucranianos foi alvo dos ataques. A Ucrânia possui dois portos internacionais na região, ambos os quais foram alvo de bombardeios em ataques anteriores, como parte do conflito em curso.
O incidente ocorre em um momento delicado, uma vez que um navio porta-contêineres acabou de deixar o porto de Odessa, como parte das atividades comerciais normais. O ataque com drones acontece também no mesmo dia em que um corredor humanitário foi anunciado pela Ucrânia no Mar Negro. A iniciativa visa permitir a saída segura de navios mercantes de portos ucranianos desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Moscou, até o momento, não confirmou se irá respeitar o corredor humanitário, adicionando uma camada de incerteza à já volátil situação. Enquanto a Ucrânia afirma que um primeiro navio já usou o corredor temporário para navegação de e para os portos de Odessa, a postura da Rússia permanece incerta.
As relações tensas entre os dois países continuam a alimentar preocupações globais, pois a Ucrânia busca proteger sua soberania e manter a integridade de suas infraestruturas portuárias e corredores comerciais. Enquanto as autoridades ucranianas reforçam suas acusações contra a Rússia, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos desta crise em evolução.