Técnicos e Professores Federais em Greve: Negociações em Impasse

Técnicos e Professores Federais em Greve: Negociações em Impasse

Reunião entre representantes sindicais e Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos busca resolver discordâncias salariais enquanto paralisação completa 90 dias.

Nesta terça-feira (11/6), às 16h, uma reunião crucial acontece entre técnicos de universidades e institutos federais e representantes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). O objetivo é debater os impasses em torno das propostas salariais que mantêm os sindicatos da área técnica em greve há 90 dias. Enquanto isso, a paralisação nas universidades também engloba os professores, totalizando 62 instituições de ensino superior em todo o país.

Os técnicos administrativos pleiteiam um aumento salarial distribuído em três parcelas de 10,34% (nos anos de 2024, 2025 e 2026). Em contrapartida, o MGI propôs um reajuste na remuneração de 9% em 2025, com um adicional de 3,5% em 2026, modificando uma proposta anterior de 5% de aumento em 2026. Essa divergência tem sido o cerne das negociações entre os sindicatos e o governo, sendo que a falta de reajuste a partir deste ano é o ponto central de discordância.

A reunião, programada para ocorrer em Brasília, será acompanhada por um ato de funcionários técnicos em frente ao prédio do Ministério da Gestão e Inovação, enquanto sindicatos de todo o país planejam manifestações para demonstrar apoio às demandas dos servidores. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos (Fasubra) convocou entidades sindicais de todo o Brasil para se juntarem à mobilização.

Além das questões salariais, a greve também abrange os professores, que estão paralisados desde abril. Enquanto o governo apresentou uma proposta de reajuste salarial para os docentes, que foi aceita pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proífes), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) contestou o acordo, resultando em disputas judiciais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se pronunciou sobre a greve, questionando sua continuidade em meio aos recentes anúncios de investimento em obras e recomposição de orçamento para as instituições federais. Enquanto isso, os servidores mantêm-se firmes em suas demandas, buscando uma resolução que contemple suas necessidades e valorize seus serviços no âmbito educacional e técnico-administrativo.

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