Setor de Serviços no Brasil: estabilidade após 2 meses de alta

Setor de Serviços no Brasil: estabilidade após 2 meses de alta
Setor de Serviços no Brasil: estabilidade após 2 meses de alta; Desafios e Perspectivas para a Economia

Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) revela cenário estável em maio de 2024, após avanços recentes, enquanto setor busca recuperação e enfrenta desafios regionais e setoriais.


Após um período de crescimento consecutivo nos meses anteriores, o volume de serviços prestados no Brasil manteve-se estável em maio de 2024, registrando uma variação de 0,0% em relação a abril. Os dados são parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12).

Panorama Atual do Setor de Serviços

Em comparação com maio de 2023, o setor de serviços apresentou um crescimento de 0,8%, marcando uma desaceleração em relação ao avanço de 5,5% registrado no mesmo período do ano anterior. Apesar da estabilidade mensal, os serviços estão atualmente 12,7% acima do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020, porém, 0,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica, que ocorreu em dezembro de 2022.

No acumulado do ano de 2024, o setor mostrou um crescimento de 2,0% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto nos últimos 12 meses, a taxa de crescimento passou de 1,6% em abril para 1,3% em maio de 2024.

Análise Setorial e Regional

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, destacou que apesar da estabilidade geral, houve disseminação de taxas negativas em termos setoriais e regionais. Das cinco atividades investigadas pela PMS, três apresentaram recuos significativos em maio:

  • Transportes: registraram uma queda de 1,6%, influenciados principalmente pela redução na receita do transporte aéreo e rodoviário coletivo de passageiros.
  • Informação e Comunicação: apresentaram um recuo de 1,1%.
  • Outros Serviços: tiveram uma queda de 1,6%.

Por outro lado, os serviços prestados às famílias cresceram 3,0%, recuperando integralmente a perda de 2,7% do mês anterior, impulsionados pelo aumento no setor de restaurantes, possivelmente influenciado pelo movimento do Dia das Mães e eventos culturais como o show da Madonna no Rio de Janeiro.

Impacto Regional

Regionalmente, a pesquisa revelou que seis dos 12 locais pesquisados apresentaram recuos no volume de serviços. Destacaram-se as quedas no Rio Grande do Sul (-1,8%), Paraná (-2,8%) e Bahia (-1,9%). Em contrapartida, houve avanços significativos no Rio de Janeiro (+2,5%) e Bahia (+1,9%), impulsionados por eventos locais e sazonalidades.

O gerente da pesquisa ressaltou o impacto das enchentes no desempenho regional, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a mobilidade foi severamente afetada, resultando em uma queda de 32,3% nas atividades turísticas.

Desafios no Setor de Transportes

O segmento de transportes apresentou uma variação negativa de 7,0% no transporte de passageiros em maio, após um crescimento de 10,4% no mês anterior. No acumulado do ano, o setor de transporte de cargas também registrou uma leve queda de 0,4%, refletindo um cenário de desafios na mobilidade urbana e na logística nacional.

Perspectivas Futuras e Considerações Finais

Diante do cenário de estabilidade e desafios regionais, é essencial que o setor de serviços continue buscando estratégias para a recuperação econômica. Iniciativas que promovam a segurança sanitária, o incentivo ao turismo e a adaptação às novas demandas do consumidor serão fundamentais para impulsionar o crescimento nos próximos meses.

A próxima divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços, referente ao mês de junho, está prevista para 13 de agosto, proporcionando novas análises e insights sobre a dinâmica do setor.

Em suma, enquanto o Brasil busca estabilizar e recuperar seu setor de serviços após os impactos da pandemia e outros desafios, a capacidade de adaptação e inovação será crucial para construir uma base sólida de crescimento econômico a longo prazo.


Nesta matéria jornalística, procurei abordar os principais aspectos da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, destacando não apenas os números e variações, mas também os impactos regionais e setoriais, além de perspectivas futuras para o setor de serviços no Brasil.

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