Rio de Janeiro investiga morte de jovem de 24 anos por suspeita de meningite
O estado do Rio de Janeiro está em alerta após a confirmação de quatro casos de meningite meningocócica em apenas um mês. A meningite é uma doença grave que causa inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, conhecidas como meninges. A infecção pode ser causada por vírus ou bactérias e é transmitida principalmente por vias respiratórias.
Entre os sintomas mais comuns da meningite estão dores de cabeça e na nuca, febre, vômitos, confusão mental e manchas na pele. A meningite meningocócica é considerada uma das formas mais graves da doença e pode levar a sequelas irreversíveis e, em casos mais severos, ao óbito.
O aumento do número de casos de meningite no estado tem preocupado as autoridades de saúde, que estão monitorando a situação de perto para evitar a propagação da doença. O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio de Janeiro (LACEN-RJ) está realizando exames para confirmar a causa dos casos e determinar se há uma tendência de surto da doença.
Imunização como medida essencial
Diante da gravidade da meningite, a imunização é considerada uma medida essencial para prevenir a doença. A rede pública de saúde oferece cinco imunizantes contra diferentes tipos de meningite: a BCG, que protege contra a meningite tuberculosa; a pentavalente, que protege contra o Haemophilus influenzae B; a meningocócica C, que protege contra o meningococo C; e a pneumocócica 10-valente, que confere proteção contra 10 sorotipos do pneumococo.
Além disso, em 2020, o Ministério da Saúde incluiu a vacina ACWY para adolescentes entre 11 e 12 anos, que protege contra os sorogrupos ACWY do meningococo. Até junho de 2023, jovens de 13 e 14 anos também poderão buscar essa vacina.
As autoridades de saúde do Rio de Janeiro enfatizam a importância da vacinação, especialmente para grupos considerados mais vulneráveis, como crianças, adolescentes e pessoas com condições de saúde que possam comprometer o sistema imunológico.
Medidas preventivas
Além da vacinação, é importante adotar medidas preventivas para evitar a transmissão da meningite. Entre elas, destacam-se a higienização adequada das mãos, evitar o compartilhamento de objetos pessoais, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e manter os ambientes ventilados.
As autoridades de saúde do estado do Rio de Janeiro continuam monitorando a situação e orientam a população a buscar informações junto às unidades de saúde sobre a imunização e os cuidados para prevenir a meningite. Ficar atento aos sintomas e procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita da doença também é fundamental para garantir um tratamento adequado e evitar complicações.
Caso
A Secretaria Municipal de Saúde de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, confirmou nesta quinta-feira (27) que a morte de Marcelo Ritter Brazil, de 24 anos, foi causada por meningite pneumocócica. O jovem faleceu na tarde de terça-feira (25), menos de 24 horas após dar entrada no Hospital Unimed Vale do Sinos com sintomas da doença.
A confirmação da causa da morte veio após uma série de análises e investigações realizadas pelas autoridades de saúde. Inicialmente, a casa de saúde hamburguense divulgou que o óbito havia sido decorrente de meningite pneumocócica. Entretanto, posteriormente, a Secretaria Municipal de Saúde declarou que a causa estava sob investigação.