PPSA anuncia Venda de 1,5 Milhão de Barris de Petróleo da União no Mercado Spot
Carregamentos Começarão no Final de 2024; Novas Medidas Visam Expandir a Comercialização de Gás Natural
A Pré-Sal Petróleo (PPSA) está preparando a venda de 1,5 milhão de barris de petróleo da União em três cargas para o mercado spot, com carregamentos previstos para começar no último bimestre de 2024. A primeira carga incluirá petróleo do campo de Itapu, cuja comercialização ocorrerá pela primeira vez. O anúncio foi feito pela PPSA, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que atua na gestão de contratos de partilha de produção e comercialização de petróleo e gás natural.
O mercado spot refere-se a transações de curto prazo, com base na oferta e demanda imediata. O processo de venda, marcado para 18 de setembro, convidará empresas do pré-sal, além da PRio e da Refinaria de Mataripe. Os preços serão baseados no mercado Brent, que representa o petróleo bruto do Mar do Norte e é negociado na Bolsa de Londres.
A PPSA já realizou a comercialização de duas cargas de 500 mil barris em 2024, uma do campo de Sépia e outra do campo de Atapu. Em julho, a empresa também completou o 4º Leilão de Petróleo da União na Bolsa de Valores (B3), vendendo 37,5 milhões de barris referentes aos campos de Mero e Búzios.
Novas Medidas para Gás Natural
Além da comercialização de petróleo, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a PPSA a vender volumes de gás natural da União diretamente ao mercado. Anteriormente, a venda era restrita à saída dos navios-plataforma. Com a nova autorização, a PPSA planeja assinar um contrato com a Petrobras para aderir ao Sistema Integrado de Escoamento (SIE) de gás natural, facilitando a venda direta a partir de janeiro de 2025.
A presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, destacou que essa mudança permitirá o 1º Leilão de Gás Natural da União e promoverá um mercado mais competitivo. A PPSA também planeja aderir ao Sistema Integrado de Processamento (SIP) para a produção de gás natural em 2027.
Estudos de Viabilidade para Refino
O CNPE também pediu à PPSA, com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e coordenação do Ministério de Minas e Energia, que realize estudos sobre a viabilidade de leilões de contratos de longo prazo para refino de petróleo da União. A PPSA tem 180 dias, a partir de 26 de agosto, para apresentar um estudo detalhado sobre as condições necessárias e as sugestões para a comercialização de contratos de longo prazo.