Planos de saúde registram lucro de R$ 3,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024

Planos de saúde registram lucro de R$ 3,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024

No primeiro trimestre de 2024, as operadoras de planos de saúde alcançaram um lucro líquido de R$ 3,33 bilhões, o melhor resultado para esse período desde 2019. Os dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam um desempenho econômico-financeiro positivo em todos os segmentos do setor. A receita total acumulada no período ultrapassou R$ 84 bilhões.

As operadoras exclusivamente odontológicas registraram lucro de R$ 187,9 milhões, enquanto as médico-hospitalares alcançaram R$ 3,07 bilhões e as administradoras de benefícios tiveram um lucro de R$ 66,4 milhões.

Um marco importante foi o retorno positivo das operadoras médico-hospitalares no primeiro trimestre, com um saldo favorável entre receitas e despesas relacionadas às operações de assistência à saúde, totalizando R$ 1,9 bilhão. Esse resultado se aproxima dos números pré-pandemia de Covid-19.

Apesar da redução das taxas de juros, as aplicações financeiras das operadoras médico-hospitalares continuaram contribuindo para o lucro total do setor, alcançando R$ 115,4 bilhões no final de março. O resultado financeiro do primeiro trimestre de 2024 foi positivo em R$ 2,3 bilhões, próximo ao observado nos anos anteriores.

Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitações das Operadoras da ANS, ressaltou a importância de garantir que essa recuperação econômica se traduza em melhorias nos serviços oferecidos aos beneficiários, enfatizando a necessidade de investimentos em gestão e qualidade.

Ao analisar os resultados por porte das operadoras, observa-se que as médico-hospitalares de grande porte impulsionaram a recuperação do lucro líquido do setor, registrando R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre de 2024, comparado a um resultado nulo no mesmo período do ano anterior.

A sinistralidade, indicador-chave que explica o desempenho das operadoras médico-hospitalares, apresentou um índice de 82,5% no primeiro trimestre de 2024, 4,7 pontos percentuais abaixo do ano anterior. Isso indica que cerca de 82,5% das receitas provenientes das mensalidades foram utilizadas para despesas assistenciais.

Essa redução na sinistralidade resulta, em grande parte, da recomposição das mensalidades dos planos em comparação com a variação das despesas, especialmente nas operadoras de grande porte. Essa tendência, que ocorre desde 2023, sugere um período de reorganização dos contratos do setor, visando a recuperação dos resultados operacionais.

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