Papa Francisco alerta sobre perigos globais da Inteligência Artificial

Papa Francisco alerta sobre perigos globais da Inteligência Artificial

O Papa Francisco fez um apelo na terça-feira por uma reflexão global sobre os potenciais perigos da inteligência artificial (IA), observando as “possibilidades disruptivas e efeitos ambivalentes” dessa nova tecnologia.

Francisco, que tem 86 anos e já afirmou no passado que não sabe como usar um computador, fez o alerta em uma mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, que coincide com o Dia de Ano Novo.

O Vaticano divulgou a mensagem com bastante antecedência, como é costume. O papa “recorda a necessidade de vigilância e de trabalhar para que uma lógica de violência e discriminação não se enraíze na produção e uso desses dispositivos, em detrimento dos mais frágeis e excluídos”, diz o comunicado.

“A urgente necessidade de orientar o conceito e uso da inteligência artificial de maneira responsável, para que esteja a serviço da humanidade e da proteção do nosso lar comum, requer que a reflexão ética seja estendida à esfera da educação e do direito”, acrescenta.

Em 2015, Francisco reconheceu ser um “desastre” com tecnologia, mas também já chamou a internet, as redes sociais e as mensagens de texto de “um presente de Deus”, desde que sejam usados com sabedoria.

Em 2020, o Vaticano uniu forças com gigantes da tecnologia como a Microsoft (MSFT.O) e a IBM (IBM.N) para promover o desenvolvimento ético da IA e pedir a regulamentação de tecnologias invasivas, como o reconhecimento facial.

O apelo do Papa Francisco reflete a crescente preocupação em todo o mundo sobre o rápido avanço da inteligência artificial e seus possíveis impactos sociais, éticos e econômicos. À medida que a IA se torna cada vez mais presente em diversos aspectos de nossas vidas, líderes religiosos e sociedade em geral buscam explorar os limites éticos e responsabilidades que acompanham essa tecnologia inovadora. A mensagem do papa ressalta a importância de considerar cuidadosamente como a inteligência artificial pode ser usada para o benefício da humanidade, sem prejudicar os valores fundamentais da dignidade humana e da justiça social.

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