Operação Ibi-Çoroc: Combate à extração de ouro e desmatamento Ilegais no Mato Grosso

Operação Ibi-Çoroc: Combate à extração de ouro e desmatamento Ilegais no Mato Grosso

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal (PF) encerraram com sucesso a Operação Ibi-Çoroc, uma ação conjunta de combate à extração de ouro e desmatamento ilegais no Parque Nacional do Juruena (PNJu), localizado na região norte de Mato Grosso.

O nome “Ibi-Çoroc”, derivado da língua Tupi, traduz a devastação causada pelas atividades ilegais de garimpo. A operação visou combater ações de garimpeiros e grileiros que praticavam delitos em terras da região, desencadeando danos significativos ao meio ambiente. Imagens de satélites do Programa Brasil M.A.I.S. revelaram a extensão das atividades ilegais, incluindo desmatamento, grilagem de terras públicas e extração mineral não autorizada.

Os resultados preliminares da perícia da Polícia Federal apontam danos ambientais imediatos avaliados em R$ 46 milhões devido à atividade minerária, além de R$ 300 milhões relacionados ao desmatamento ilegal financiado pela mineração. A investigação também revelou uma associação criminosa entre grileiros e garimpeiros, levando ao desmatamento de áreas de floresta primária e degradação de igarapés intocados.

Através do monitoramento georreferenciado e alertas de desmatamento e mineração ilegal, as equipes federais identificaram 24 novas frentes de mineração ilegal, totalizando 260 hectares de áreas recém-abertas, incluindo 95 hectares dentro do Parque do Juruena. A ação coordenada resultou na inutilização e destruição de equipamentos de extração de minérios, incluindo escavadeiras hidráulicas, dragas e acampamentos utilizados pelos garimpeiros, totalizando um prejuízo estimado de mais de R$ 4 milhões para os infratores.

Durante a operação, o presidente da Cooperativa de Mineração de Nova Bandeirantes (Cooperrios) foi preso por operar um garimpo ilegal sem autorização da Agência Nacional de Mineração. A pena pelos crimes de garimpo ilegal pode chegar a seis anos de prisão.

A Polícia Federal enfatiza que as investigações e esforços para combater crimes ambientais na região continuarão. O foco agora é identificar os líderes e membros da associação criminosa, bem como buscar a completa descapitalização do grupo. Novas medidas também serão adotadas para cobrar a reparação dos danos causados à sociedade e ao meio ambiente.

A Operação Ibi-Çoroc demonstra o comprometimento das autoridades em preservar a biodiversidade e combater atividades ilegais que ameaçam a região da Amazônia, um dos ecossistemas mais valiosos do mundo. A luta contra o desmatamento ilegal e a mineração não autorizada é crucial para garantir um futuro sustentável para as Amazônias e para todo o planeta.

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