Ministra defende estratégias de combate à desinformação na Saúde

Ministra defende estratégias de combate à desinformação na Saúde

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a necessidade urgente de combater a desinformação na área da saúde durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Com o tema “Ciência para um Futuro Sustentável e Inclusivo: por um Novo Contrato Social com a Natureza”, o evento destacou a importância da ciência na construção de uma sociedade mais informada e saudável.

Desafios e Críticas

Nísia enfatizou que o Brasil está “muito aquém” das estratégias utilizadas por redes de desinformação, particularmente aquelas associadas a movimentos de direita. “É uma guerra sim – e não sei nem se guerra é a melhor forma de combater isso. Mas o que eu vejo é que estamos muito aquém, pela rapidez com que se dissemina. E não só isso: você dissemina uma informação falsa, criminosa, de maneira criminosa. Não é nada neutro. São coisas orquestradas”, disse a ministra.

A ministra criticou a prática de dar espaço para visões pseudocientíficas ou infundadas, mencionando debates durante a CPI da Covid-19 como exemplo. “Isso não significa colocar todo e qualquer conhecimento, sandice, loucura, maluquice no mesmo patamar. Não é possível. A gente não pode aceitar isso. E, muitas vezes, nós fazemos isso. Tem que haver uma validação e, para isso, a ciência tem processos históricos de validação”, afirmou Nísia.

Estratégias Propostas

Além de combater a desinformação, Nísia defendeu medidas para facilitar o acesso à vacinação, como o funcionamento de unidades de saúde em horários estendidos e a promoção da percepção de risco. Ela mencionou a volta da ameaça da pólio como um exemplo da importância de manter a percepção de risco elevada para garantir altas coberturas vacinais.

A ministra também destacou a vacinação nas escolas como uma estratégia eficaz, citando o exemplo do HPV. “[A dose contra o] HPV foi uma das vacinas mais atacadas. Uma vacina fundamental para a prevenção de câncer de colo de útero e de outros tipos de câncer, porque também devemos proteger os meninos. [A vacinação nas escolas] fez com que tivéssemos, pelo menos com a primeira dose, 80% de crianças e adolescentes vacinados”, explicou.

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Nísia Trindade concluiu sua participação na SBPC ressaltando a importância de estratégias diversificadas para combater a desinformação e melhorar a saúde pública no Brasil. “Na saúde e em outras políticas sociais, não devemos estar presos a uma estratégia”, afirmou a ministra, reforçando a necessidade de um esforço coordenado e multifacetado para enfrentar os desafios da desinformação na saúde.

Este discurso destaca o compromisso do Ministério da Saúde em promover a ciência e a informação precisa como pilares fundamentais para a construção de uma sociedade mais saudável e informada.

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