Integrantes do MST ocupam Embrapa em Petrolina reivindicando assentamentos

Integrantes do MST ocupam Embrapa em Petrolina reivindicando assentamentos

Na manhã desta segunda-feira (31), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, pela segunda vez neste ano, a Embrapa em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O motivo da ocupação é o alegado descumprimento por parte do Governo Federal de um acordo de assentar 900 famílias.

Cerca de 100 famílias de Pernambuco e da Bahia participaram da ocupação na área conhecida como “Embrapa Semente Básica”, que anteriormente funcionava como uma área mercadológica de sementes e mudas básicas até 2019. O local ainda é produtivo e serve para a realização de pesquisas sobre espécies forrageiras e nativas da caatinga, bem como para o evento “Semiárido Show”.

A ocupação ocorre às vésperas do início do evento “Semiárido Show 2023”, que está previsto para começar nesta terça-feira (1º) e deve reunir cerca de 20 mil pessoas, incluindo pesquisadores, representantes do governo federal, agricultores e estudantes.

Uma ordem judicial anterior já havia determinado a saída de um grupo do MST que se instalou no local durante as mobilizações do Abril Vermelho, há cerca de quatro meses, e as famílias foram deslocadas na época para uma área próxima cedida por um membro do movimento.

O MST afirma que o Governo Federal não cumpriu o acordo firmado em 19 de abril deste ano, que incluía o assentamento de 900 famílias, mas apenas o cadastramento de 859 famílias foi efetuado. Além disso, a aquisição de cinco propriedades e a criação do Incra de Petrolina não avançaram, de acordo com o integrante do MST, Reginaldo Martins.

Após a ocupação, os integrantes do movimento decidiram desocupar a área de forma pacífica durante a tarde, pois foi agendada uma reunião com o Governo Federal em Santa Maria da Boa Vista para discutir as demandas do movimento.

A Embrapa acionou uma equipe de segurança para lidar com a ocupação e continua com a montagem da estrutura do evento “Semiárido Show”. A ocupação e as demandas do MST ressaltam as questões sociais e agrárias que ainda estão em pauta no país, destacando a necessidade de ações efetivas para atender às demandas da população rural.

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