Igreja Católica dividida sobre Mulheres Diaconisas, afirma Documento

Igreja Católica dividida sobre Mulheres Diaconisas, afirma Documento

Questão será Rediscutida em Sínodo de Bispos

A Igreja Católica encontra-se dividida em relação à possibilidade de permitir que mulheres atuem como diaconisas, conforme documento divulgado pelo Vaticano nesta terça-feira (9). A publicação ocorre poucas semanas após o papa Francisco descartar qualquer abertura imediata sobre o tema.

A questão de conferir às mulheres um papel mais significativo dentro da Igreja, tradicionalmente dominada por homens, será um dos tópicos abordados em uma cúpula de bispos conhecida como sínodo. A primeira sessão, realizada no ano passado, terminou sem uma conclusão definitiva. O documento divulgado hoje servirá de base para as discussões na segunda e última sessão do sínodo, programada para outubro.

“Enquanto algumas Igrejas locais pedem que as mulheres sejam admitidas no ministério diaconal, outras reiteram sua oposição”, afirma o documento.

Apesar de destacar que a questão das mulheres diaconisas não estará na agenda do sínodo, o documento enfatiza que “a reflexão teológica [sobre o tema] deve continuar, em uma escala de tempo apropriada e de maneira apropriada”.

Atualmente, os diáconos, assim como os sacerdotes, são ministros ordenados que, na Igreja Católica, devem ser homens. As mulheres diaconisas existiam no início do cristianismo, mas o papel que desempenhavam não é totalmente claro. Os diáconos de hoje não podem celebrar missa, mas podem pregar, ensinar em nome da Igreja, batizar, conduzir cerimônias de casamento, velório e funeral e até mesmo administrar uma paróquia.

O documento do Vaticano sublinhou a necessidade de “dar maior reconhecimento” às mulheres na Igreja, afirmando que “em virtude do batismo, elas desfrutam de plena igualdade”.

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