Ibovespa fecha em alta após divulgação de prévia da inflação e expectativa por decisão do Fed
Nesta terça-feira (25), o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, fechou em alta pelo quarto dia consecutivo. Os investidores repercutiram os novos dados da prévia da inflação brasileira, que indicou queda de 0,07% para o mês de julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), agendada para amanhã, também influenciou o mercado financeiro.
Ao final do pregão, o Ibovespa avançou 0,55%, alcançando 122.008 pontos, o maior patamar desde agosto de 2021. No acumulado do mês, o índice apresenta alta de 2,76%, e no ano, registra valorização de 10,58%.
A prévia da inflação de julho trouxe destaques importantes, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentando uma desaceleração da inflação de serviços, principalmente de energia elétrica residencial e alimentos. Os resultados apontam para um cenário favorável para a “segunda parte” do processo desinflacionário, segundo análise do Banco Central.
Em relação ao mercado cambial, o dólar registrou alta de 0,35%, cotado em R$ 4,7494.
Além dos dados da prévia da inflação, os investidores também acompanharam o boletim Focus, que apontou uma redução na estimativa de inflação deste ano, de 4,95% para 4,90%. Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro caiu de 3,92% para 3,90%. As expectativas para o crescimento do PIB e para a taxa básica de juros da economia permaneceram estáveis.
No cenário internacional, os olhos estão voltados para a decisão de política monetária do Federal Reserve, com a expectativa de um novo aumento da taxa básica norte-americana de 0,25 ponto percentual. Os investidores também estão atentos às possíveis sinalizações para as próximas decisões da autarquia.
A depender da decisão do Fed, pode haver impacto na moeda americana. Embora a maior aposta seja de um aumento de 0,25 ponto percentual, ainda há dúvidas sobre a possibilidade de 0,5 ponto percentual e qual será a sinalização no comunicado.
Outro fator que está no radar dos investidores é a expectativa de novos estímulos econômicos na China. A decisão do Fed e os desdobramentos nas políticas econômicas chinesas podem influenciar os mercados globais nos próximos dias.
