Governo de São Paulo realiza mapeamento para readequar sistema de regulação de vagas em hospitais
Nesta segunda-feira, o reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, conhecido como Tom Zé, anunciou que o governo de São Paulo está realizando um mapeamento para avaliar as instalações médicas disponíveis no estado. O objetivo é embasar uma readequação no sistema que regula a ocupação de vagas nos hospitais, conhecido como Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).
O reitor explicou que o mapeamento tem como foco principalmente a necessidade de expansão de leitos em todo o estado, com ênfase na região de Campinas, onde a Unicamp está localizada. Um grupo criado pela universidade em conjunto com a Diretoria Executiva da área de Saúde constatou a carência de leitos na região, e a mesma situação pode estar presente em outras partes do estado.
A readequação da Cross tem como objetivo aperfeiçoar o uso das instalações médicas disponíveis em áreas específicas, buscando uma distribuição mais eficiente de pacientes e evitando que equipamentos médicos fiquem subutilizados. O governo estadual pretende fazer um processo de regionalização do sistema de referenciamento da Cross, que é o sistema responsável por encaminhar os pacientes desde a entrada no sistema até os equipamentos mais avançados, de acordo com a gravidade do caso tratado.
Tom Zé ressaltou que a readequação é necessária para localizar e otimizar as vagas disponíveis que não estão sendo usadas, possibilitando melhorias sem a necessidade de ampliar as instalações médicas.
Com o mapeamento e as readequações em andamento, o governo estadual poderia retomar a discussão sobre a construção de um Hospital Metropolitano Regional, uma demanda antiga de cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). O reitor destacou a importância desse hospital regional como forma de desafogar o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, que atualmente enfrenta desafios no atendimento de urgência e emergência, muitas vezes conflitando com atendimentos de maior complexidade.
A expectativa é que o Hospital Metropolitano Regional possa ajudar a reorganizar o sistema de saúde de forma mais adequada, permitindo um atendimento mais eficiente e resolvendo questões em áreas como cardíaca, oncologia e transplantes, sem negligenciar os atendimentos de urgência e emergência.