Governador do RS entra com representação contra Jean Wyllys por declarações homofóbicas
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), apresentou uma representação contra o ex-deputado federal Jean Wyllys por declarações consideradas homofóbicas. O Ministério Público do Rio Grande do Sul confirmou o recebimento da representação, que será analisada e encaminhada à promotoria responsável.
As declarações que motivaram a representação ocorreram durante uma discussão entre Eduardo Leite e Jean Wyllys nas redes sociais, na última sexta-feira (14), sobre o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). O governador gaúcho anunciou que manterá as escolas cívico-militares em seu estado, e Jean Wyllys reagiu criticando a decisão.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Eduardo Leite explicou os motivos para acionar o Ministério Público contra o ex-deputado. Ele mencionou que as falas de Wyllys foram consideradas preconceituosas e discriminatórias, por tentarem associar suas decisões políticas a sua orientação sexual. Leite ressaltou que não tolera nenhum tipo de homofobia, independentemente da origem ou posição política do indivíduo.
O governador já havia enfrentado situações semelhantes de ataques homofóbicos por parte de outros políticos, como Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro. Nesses casos, também tomou medidas legais para combater esse tipo de comportamento.
O advogado de Jean Wyllys, Lucas Mourão, informou à CNN que ainda não teve acesso à representação e, por isso, não pode comentar sobre seu conteúdo. O Ministério Público irá analisar a representação e, caso seja constatada a existência de atos discriminatórios, poderá abrir um processo para apuração do caso.
A discussão entre os dois políticos levantou debates sobre respeito e tolerância na sociedade. Eduardo Leite destacou que é fundamental combater preconceitos em todas as suas formas para construir uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. A representação apresentada pelo governador também reforça a importância de tratar com seriedade as questões relacionadas à discriminação e ao preconceito, independentemente da posição política dos envolvidos.
