Google deve US$ 338,7 milhões em caso de patente do Chromecast, diz júri dos EUA
A Alphabet, empresa-mãe do Google, violou os direitos de patente de um desenvolvedor de software com sua tecnologia de transmissão remota e deverá pagar US$ 338,7 milhões em danos, conforme decidiu um júri federal em Waco, Texas, na sexta-feira.
O júri considerou que dispositivos como o Chromecast do Google infringiram patentes de propriedade da Touchstream Technologies, relacionadas à transmissão de vídeos de uma tela para outra.
O porta-voz do Google, Jose Castaneda, informou na segunda-feira que a empresa vai recorrer da decisão e que sempre desenvolveu tecnologia de forma independente e competiu com base no mérito de suas ideias. O advogado da Touchstream, Ryan Dykal, também expressou satisfação com o veredicto.
A Touchstream, com sede em Nova York e também conhecida como Shodogg, afirmou em sua ação judicial de 2021 que seu fundador, David Strober, inventou a tecnologia em 2010 para “transferir” vídeos de um dispositivo pequeno, como um smartphone, para um dispositivo maior, como uma televisão.
Segundo a reclamação, o Google se reuniu com a Touchstream sobre sua tecnologia em dezembro de 2011, mas afirmou não estar interessado dois meses depois. O Google lançou seus dispositivos de transmissão de mídia Chromecast em 2013. A Touchstream alegou que o Chromecast do Google copiou suas inovações e infringiu três de suas patentes. Além disso, afirmou que suas patentes foram violadas pelos alto-falantes inteligentes Google Home e Nest, bem como por televisores e alto-falantes de terceiros com capacidades de Chromecast.
O Google negou ter infringido os direitos da Touchstream e argumentou que as patentes são inválidas.
A Touchstream apresentou queixas semelhantes contra as provedoras de cabo Comcast, Charter e Altice no Texas no início deste ano. Esses casos ainda estão pendentes.