Filhos de Bolsonaro criticam indiciamento e falam em perseguição; PF investiga caso das joias

Filhos de Bolsonaro criticam indiciamento e falam em perseguição; PF investiga caso das joias

Nesta quinta-feira (4 de julho de 2024), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL) reagiram veementemente ao indiciamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela Polícia Federal no caso das joias. Em suas declarações, ambos sugeriram que o indiciamento é resultado de uma perseguição política contra o antigo chefe do Executivo.

Flávio Bolsonaro, através de seu perfil em uma rede social, afirmou que o indiciamento demonstra uma “perseguição declarada e descarada” contra seu pai. Ele questionou o processo que envolveu as joias, explicando que presentes recebidos por Bolsonaro enquanto presidente foram questionados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e devolvidos à União sem danos ao erário. Flávio também criticou a escolha dos policiais federais encarregados da investigação, insinuando que foram selecionados especificamente para incriminar seu pai.

Carlos Bolsonaro, por sua vez, caracterizou o sistema como “bruto” e seus agentes como “vassalos piores ainda”. Em sua declaração, ele lamentou a falta de caráter no processo judicial, sugerindo que justiça não seria feita devido a interesses políticos.

Entenda o Caso

A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira não apenas Jair Bolsonaro, mas também outros 11 aliados no caso das joias. Segundo a investigação, há indícios dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos relacionados ao recebimento e posterior venda das joias.

As joias foram inicialmente presenteadas por governos estrangeiros a Bolsonaro durante seu mandato no Palácio do Planalto. Após seu término, aliados do ex-presidente as venderam a joalherias nos Estados Unidos. Um exemplo citado foi a recompra de um relógio da marca Rolex, avaliado em US$ 68.000, por parte de um dos aliados de Bolsonaro, após o início das investigações.

Um acordo de cooperação com o FBI foi estabelecido para localizar as peças, baseado no Tratado de Assistência Jurídica Mútua. Este tratado internacional visa facilitar a cooperação em questões criminais entre países.

O caso das joias tem gerado controvérsias e é mais um capítulo na complexa relação entre ex-presidentes e questões legais no Brasil contemporâneo.

Para mais detalhes e atualizações sobre este desenvolvimento, acompanhe nossas próximas reportagens.

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