Exploração de Petróleo na Costa Brasileira é Essencial, diz Magda
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2024 — A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a importância das atividades exploratórias de petróleo na costa brasileira para a segurança energética do país. Em sua primeira entrevista após assumir o cargo, Magda defendeu os planos de exploração na foz do Rio Amazonas, que atualmente enfrentam resistência do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Defesa da Exploração
Magda argumentou que a exploração de petróleo e gás é crucial para o Brasil liderar a transição energética e assegurar o abastecimento interno de combustíveis. “O MMA precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade do país e da Petrobras de explorar petróleo e gás até para liderar a transição energética”, afirmou. Ela enfatizou os investimentos da Petrobras em direção ao net zero, incluindo projetos de captura de CO2, produção de energia renovável, e desenvolvimento de petróleo verde e hidrogênio.
Plano Estratégico e Investimentos
A Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada uma região de grande potencial para o setor de óleo e gás. No Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras planeja investir US$ 3,1 bilhões em pesquisas na Margem Equatorial, com a perfuração de 16 poços ao longo dos próximos quatro anos.
Controvérsias Ambientais
A exploração na foz do Amazonas enfrenta oposição de grupos ambientalistas preocupados com possíveis impactos à biodiversidade. Em maio do ano passado, o Ibama negou a permissão para a Petrobras realizar perfuração marítima no bloco FZA-M-59. A estatal apresentou um pedido de reconsideração, mas o Ibama considerou que novos estudos de impacto sobre os povos indígenas são necessários antes de qualquer aprovação.
Compromisso com a Sustentabilidade
Magda reafirmou o compromisso da Petrobras com a sustentabilidade, alegando que a empresa está indo além das exigências legais em termos de cuidados ambientais. Ela citou a trajetória da Petrobras no desenvolvimento de energia renovável, como o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), e o recente cancelamento da venda de cinco refinarias para focar na produção de biocombustíveis.
Produção e Autossuficiência
A presidente da Petrobras mencionou que a estatal atingirá um pico de produção em 2030 e enfrentará dificuldades para repor reservas com as descobertas atuais. “Os esforços exploratórios precisam ser mantidos, enfrentados, acelerados. É um assunto de segurança do país”, disse Magda, destacando a necessidade contínua de investimentos em exploração para garantir a autossuficiência energética.
