Estatal Boliviana de Gás anuncia vendas diretas para Indústria Brasileira

Estatal Boliviana de Gás anuncia vendas diretas para Indústria Brasileira

La Paz, 9 de julho de 2024 – A estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFP), responsável pelo Gasbol – o gasoduto Brasil-Bolívia – anunciou planos para vender diretamente gás natural para grandes indústrias brasileiras. Em um mês, a YPFP pretende lançar contratos flexíveis e de longo prazo, destinados a setores industriais como vidro, produtos químicos e grandes consumidores de energia.

Pressão e Negociações

A decisão veio após negociações intensas lideradas pelo ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira. Em missão oficial, ele levou empresários brasileiros para se reunir com os executivos de alto escalão da YPFP na Bolívia, buscando novos arranjos de fornecimento de gás para o Brasil.

Anúncio Oficial e Detalhes dos Contratos

O anúncio oficial das novas condições contratuais deve ocorrer na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Durante o evento, a YPFP detalhará não apenas os novos termos contratuais, mas também apresentará uma série de produtos destinados ao mercado brasileiro.

Economia para os Fabricantes Nacionais

A venda direta da YPFP promete gerar economias significativas para os fabricantes nacionais. Anteriormente, a estatal boliviana vendia exclusivamente para a Petrobras, que revendia o gás a um preço significativamente mais alto. A Petrobras comprava o gás por até US$ 7 por milhão de BTU e revendia a US$ 12. Com a nova modalidade de compra direta, espera-se que os custos sejam reduzidos, beneficiando os grandes consumidores de energia no Brasil.

Impacto no Setor Industrial

Representantes dos setores de vidro, produtos químicos e outros grandes consumidores de energia veem a mudança como uma oportunidade para reduzir custos operacionais e aumentar a competitividade. A flexibilização dos contratos e a possibilidade de negociação direta com a YPFP representam um avanço significativo para a indústria brasileira, que depende fortemente de gás natural para suas operações.

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