Dívida Pública sobe 2,25% e ultrapassa R$ 7,1 Trilhões em Junho
DPF Já Alcançou o Patamar Previsto para o Ano
A Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 7,067 trilhões em junho, marcando um aumento de 2,25% em relação a maio, quando estava em R$ 6,912 trilhões. Com esse aumento, a DPF já alcançou o patamar previsto para o ano, que varia entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF).
Detalhes do Aumento
- Dívida Pública Federal Externa (DPFe): Subiu 9,86%, passando de R$ 285,47 bilhões para R$ 313,61 bilhões.
- Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi): Aumentou 1,93%, de R$ 6,626 trilhões para R$ 6,754 trilhões. O Tesouro emitiu R$ 72,36 bilhões a mais do que resgatou, com destaque para títulos corrigidos pela Selic.
A dívida também aumentou devido à apropriação de R$ 55,51 bilhões em juros, dado o cenário de taxa Selic em 10,5% ao ano.
Colchão de Liquidez
O colchão da dívida pública, reserva financeira usada em momentos de turbulência, subiu 7,05%, passando de R$ 1,031 trilhão para R$ 1,104 trilhão. Atualmente, cobre 8,20 meses de vencimentos da dívida pública.
Composição e Prazo
- Participação da DPMFi: Reduziu-se de 95,87% para 95,56%.
- Participação da DPFe: Aumentou de 4,13% para 4,44%.
- Títulos corrigidos pela Selic: Representam 43,74% da DPF.
- Títulos prefixados: Representam 22,67%.
- Títulos corrigidos pela inflação: Reduziram-se de 29,43% para 29,17%.
- Peso do câmbio: Aumentou de 4,11% para 4,42%.
O prazo médio da DPF caiu de 4,08 anos para 4,02 anos.
Detentores da Dívida
- Instituições Financeiras: 30,7% da DPF.
- Fundos de Pensão: 23,07%.
- Fundos de Investimento: 21,99%.
- Não Residentes (estrangeiros): Aumentaram sua participação de 9,76% para 10,03%.
O governo utiliza a dívida pública para obter recursos dos investidores, comprometendo-se a devolver com correção em algum momento futuro, com base em diferentes indicadores.