Daniel Alves é acusado formalmente de agressão sexual na Espanha
A Justiça espanhola formalizou nesta quarta-feira (2) a acusação contra o ex-lateral da seleção brasileira, Daniel Alves, pelo crime de agressão sexual cometido contra uma mulher em uma boate em Barcelona. Com a formalização da acusação, o jogador vira réu no caso e enfrentará um julgamento. Desde janeiro, quando foi ouvido pela polícia pela segunda vez e apresentou versões contraditórias, Daniel Alves está em prisão preventiva sob a alegação de risco de fuga, e não tem direito a fiança. Ele permanecerá preso no mesmo presídio, nos arredores de Barcelona, aguardando o julgamento, que está previsto para o fim deste ano.
A juíza responsável pela investigação encontrou evidências de irregularidades por parte do jogador, que alega ter tido uma relação sexual consensual com a mulher que o acusa de estupro. No entanto, Daniel Alves mudou sua versão pelo menos três vezes. Em uma primeira declaração em um programa de TV na Espanha, ele afirmou que não conhecia a denunciante. Posteriormente, enquanto já estava preso, ele declarou à juíza que manteve relações sexuais consensuais com a jovem, mas sem penetração, alegando ter mentido inicialmente para esconder a relação extraconjugal de sua esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, que posteriormente pediu a separação. Em sua última versão, ele admitiu que houve penetração, mas reiterou que a relação foi consensual, o que a suposta vítima nega.
Na Espanha, denúncias de estupro são investigadas sob a acusação geral de agressão sexual, e as condenações podem acarretar penas de prisão de 4 a 15 anos. Segundo a mídia espanhola, Daniel Alves precisará pagar 150 mil euros (aproximadamente R$ 784 mil na cotação atual) para cobrir eventuais danos e prejuízos, porém, esse valor não garantirá sua liberdade condicional. O ex-jogador ainda nega as acusações e continuará se defendendo no processo judicial em curso.
