Cúpula do PL busca distanciamento de Jair Renan em meio a investigações
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, manifestou sua intenção de se distanciar das investigações que envolvem Jair Renan, o filho 04 do presidente Jair Bolsonaro. Jair Renan foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal que investiga estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Apesar de Jair Renan ser assessor de um senador do PL e receber um salário de R$ 9,5 mil, o líder partidário está optando por evitar o desgaste público de defender o investigado. O fato de Jair Renan não possuir um mandato nem um potencial eleitoral significativo contribui para essa decisão.
Essa postura contrasta com a abordagem adotada em relação a outros membros da família Bolsonaro, como Flávio e Eduardo Bolsonaro, que possuem mandatos e capital político relevante. Também contrasta com a situação de Carla Zambelli, que, embora tenha sido abandonada pelo círculo próximo da família Bolsonaro, ainda conta com o apoio de Valdemar. O presidente do PL já havia afirmado anteriormente que defenderia o mandato de Zambelli “com todas as nossas forças”.
Enquanto Flávio, Eduardo e Carla Zambelli têm importância política e eleitoral, Jair Renan não possui a mesma relevância, o que contribui para a postura de distanciamento adotada pelo PL.
Esta não é a primeira vez que Jair Renan é afastado do centro das atenções, até mesmo por seu próprio pai. Em outra ocasião, Jair Bolsonaro demonstrou incerteza sobre a inocência do filho em relação a uma investigação por tráfico de influência. O presidente destacou que Jair Renan estava longe dele, vivendo com a mãe e levando uma vida independente.
Jair Renan atualmente é assessor do senador Jorge Seif (PL) e se mudou para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, após assumir o cargo no início do ano.