Arthur Lira Afirma que Negociações Ministeriais não Atrasam Projetos no Congresso Nacional
Nesta segunda-feira, dia 21 de agosto de 2023, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), refutou a ideia de que as negociações entre o governo e o Centrão estariam atrasando a votação de projetos cruciais no Congresso Nacional.
Em um debate sobre a reforma tributária organizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo, Lira afirmou que especulações sobre a suposta retaliação do Congresso pela não entrega de ministérios não têm fundamento.
Lira declarou: “As especulações de que o Congresso não vai votar aquilo porque não entregou aquilo outro, o ministério A ou o ministério B, isso não existe em questões de interesse nacional. O Congresso tem dado demonstrações inequívocas, [como as votações] da PEC da Transição, do arcabouço (marco fiscal), da reforma tributária, do Carf”.
Na mesma segunda-feira, às 19h, Lira tinha agendada uma reunião com Cláudio Cajado (PP-BA), relator do marco fiscal na Câmara, juntamente com líderes partidários. O tópico de discussão era o marco fiscal. Caso chegassem a um consenso, Lira anunciou que o projeto seria votado em plenário na terça-feira, dia 22 de agosto.
No âmbito das reformas ministeriais, o Poder360 informou que, na tarde da sexta-feira, dia 18 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu ministros no Palácio do Planalto para discutir mudanças significativas que levariam os partidos Republicanos e PP, do Centrão, a ocupar ministérios na Esplanada dos Ministérios.
A reunião entre Lula e Arthur Lira havia ocorrido na quinta-feira, dia 17 de agosto, para definir os detalhes das trocas. Os partidos do Centrão teriam atribuições em ministérios como o do Desenvolvimento Social e Portos e Aeroportos, além de posições na Caixa Econômica Federal e a presidência da Funasa (Fundação Nacional da Saúde).
Apesar do acordo, o anúncio formal das mudanças ministeriais estava previsto para ocorrer após o retorno de Lula de sua viagem à África, onde participaria da 15ª cúpula do Brics, em Joanesburgo, África do Sul.
Esse desenvolvimento político promete ter repercussões importantes na dinâmica política do Brasil, especialmente nas relações entre o governo, o Congresso e os partidos aliados.