Alckmin fala que Carga tributária não aumentou no governo Lula
Vice-presidente defende reforma tributária e rebate críticas sobre taxação internacional durante reunião com empresários do setor de alimentos
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (16) que a carga tributária no atual governo não aumentou, contradizendo informações disseminadas nas redes sociais por opositores do governo. Em coletiva após um encontro com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Alckmin destacou que a carga tributária bruta em 2023 foi de 32,4% do Produto Interno Bruto (PIB), uma queda em relação aos 33,7% registrados até 2022.
“Não só não houve aumento da carga tributária no governo do presidente Lula como houve uma redução para 32,4%, o que representa uma diminuição de 0,6%”, afirmou Alckmin aos jornalistas. Ele enfatizou que a reforma tributária implementada visa simplificar o sistema, substituindo cinco impostos de consumo por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, além de desonerar completamente exportações e investimentos.
Respondendo às críticas sobre a taxação de compras internacionais de até US$ 50, Alckmin explicou que a medida busca garantir “lealdade concorrencial” entre empresas estrangeiras e as fábricas instaladas no Brasil. “Não estamos criando nada novo. Apenas buscamos equilibrar a competição, garantindo que o tributo pago pelo importador não seja muito superior ao pago pelo produtor nacional”, esclareceu.
Durante a reunião no Palácio do Planalto, Alckmin e o presidente Lula receberam empresários do setor de alimentos, que anunciaram investimentos históricos de R$ 120 bilhões no país entre 2023 e 2026. Esses investimentos incluem a abertura de novas fábricas, a ampliação das instalações existentes e ações significativas em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“O Brasil consolidou-se como o maior exportador de alimento industrializado do mundo em 2023. Agora, somos orgulhosamente também o supermercado do mundo, liderando as exportações globais de alimentos prontos para o consumo”, destacou João Dornellas, presidente-executivo da Abia. Ele enfatizou que o setor de alimentos cresceu 3,3% no primeiro semestre deste ano, superando as expectativas de mercado.
A reunião foi marcada por otimismo quanto ao potencial de crescimento do setor de alimentos brasileiro, impulsionado pelos investimentos anunciados e pela perspectiva de maior competitividade global.