Alckmin diz “Não há razão” para mercado “estressado” e reclama do juro alto

Alckmin diz “Não há razão” para mercado “estressado” e reclama do juro alto

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), criticou novamente a alta taxa básica de juros do Brasil, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano. Alckmin, que está como presidente em exercício devido à viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Bolívia, também questionou a recente alta do dólar frente ao real, atribuindo o comportamento do mercado financeiro a um “estresse” sem justificativa.

Declarações de Alckmin

Em um evento promovido pelo Sebrae em Brasília, Alckmin destacou a queda nos três principais indicadores econômicos: risco-Brasil, inflação e taxa de desemprego. Ele ressaltou que a inflação está abaixo de 4% e que houve crescimento no emprego, na renda e no PIB. Segundo Alckmin, esses fatores justificam a redução das taxas de juros e uma expectativa de queda no dólar.

“Tem três fatores que devemos observar: risco-Brasil, inflação e taxa de desemprego. Os três caíram. A inflação está abaixo de 4%. O que cresceu foram o emprego, a renda e o PIB”, afirmou Alckmin.

Ele também expressou confiança na reforma tributária e seu impacto positivo na economia, mencionando que a reforma ajudará a simplificar o sistema tributário e desonerar investimentos e importações. Alckmin reiterou que, embora os juros estejam altos, ele acredita que isso é temporário e que a tendência é de queda.

“A reforma tributária vai simplificar, desonerar investimento e desonerar importação. Ela vai ajudar e trazer eficiência econômica. Os juros estão altos, mas tenho confiança de que vão cair. Não há razão para você ter a segunda taxa de juros do mundo”, disse Alckmin.

Compromisso Fiscal

Alckmin reafirmou o compromisso do governo Lula com as metas fiscais, um fator crítico para estabilizar o mercado e reduzir a volatilidade do câmbio. Ele destacou as medidas adotadas pelo governo para cumprir o arcabouço fiscal e alcançar o déficit primário zero, mencionando o compromisso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em melhorar a eficiência do gasto público e cortar despesas.

“O governo tomou duas medidas importantes. O presidente Lula deixou claro que tem compromisso com o arcabouço fiscal e compromisso com déficit primário zero. E o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad ainda fez mais: disse que vai zerar o déficit e cumprir o arcabouço fiscal melhorando a eficiência do gasto público, cortando pelo lado da despesa”, concluiu Alckmin.

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As declarações de Alckmin refletem a postura do governo em relação à política econômica, enfatizando a necessidade de reduzir os juros e estabilizar o câmbio para fomentar o crescimento econômico. A confiança do vice-presidente na reforma tributária e nas medidas fiscais visa tranquilizar o mercado e promover um ambiente econômico mais estável e previsível.

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