Ataques da Rússia na Ucrânia: Hospital Infantil entre os alvos
A violência devastadora na Ucrânia atingiu um novo pico de horror quando a Rússia lançou uma série de ataques aéreos, incluindo um ataque a um hospital infantil, resultando na morte de pelo menos 28 pessoas em todo o país nesta segunda-feira.
Os mísseis russos atingiram Kiev, capital ucraniana, e outras cidades, incluindo Kryviy Rih, cidade natal do presidente Volodymyr Zelensky. Em Kiev, sete pessoas perderam suas vidas e mais de 25 ficaram feridas, enquanto em Kryviy Rih, o ataque deixou um saldo trágico de dez mortos e 31 feridos, de acordo com relatos do prefeito local, Oleksandr Vilkul.
Além desses ataques, três pessoas foram mortas em Pokrovsk, no leste da Ucrânia, quando mísseis atingiram uma instalação industrial, conforme relatado pelo governador regional de Donetsk.
Volodymyr Zelensky denunciou os ataques russos como uma atrocidade contra civis, destacando que mais de 40 mísseis foram disparados, visando uma variedade de alvos em várias cidades ucranianas. Ele apelou à comunidade internacional para intervir com determinação para pôr fim à escalada de violência.
“Todos os serviços estão mobilizados para salvar o maior número possível de vidas”, declarou Zelensky, utilizando o aplicativo de mensagens Telegram para se comunicar com o público.
O ataque em Kiev foi descrito por Vitali Klitschko, o prefeito da cidade, como um dos mais severos desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. O principal hospital infantil da capital ucraniana sofreu danos significativos, com janelas quebradas e estruturas danificadas, provocando cenas angustiantes de pais fugindo com bebês, enquanto destroços caíam ao redor.
Svitlaka Kravchenko, uma moradora local, descreveu a agonia de se proteger com seu bebê de dois meses enquanto escombros cobriam o local. Apesar dos ferimentos sofridos, ela conseguiu proteger seu filho.
Autoridades locais e regionais também confirmaram danos a instalações industriais, infraestruturas cruciais e edifícios residenciais e comerciais em várias cidades, incluindo Kyi, Kryviy Rih, Dnipro e Kramatarosk.
A Rússia, por sua vez, negou repetidamente alvejar civis, embora os relatos dos danos e das vítimas contradigam essa afirmação, alimentando críticas internacionais crescentes sobre o impacto humanitário da guerra em curso.
Enquanto isso, as tentativas de mediação internacional, como a reunião entre o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban e o presidente chinês Xi Jinping, ressaltam os esforços para buscar uma solução diplomática para o conflito, enquanto a tragédia na Ucrânia continua a se desenrolar com consequências devastadoras para sua população civil.