IGP-M apresenta queda pelo 4 mês consecutivo, refletindo desinflação na Economia Brasileira
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) registrou uma queda de 0,72% em julho, marcando o quarto mês seguido de declínio. No acumulado do ano, o IGP-M apresenta deflação de 5,15%, e em 12 meses, a queda atinge 7,72%. Esse resultado indica um cenário de desinflação na economia brasileira, contrastando com o cenário do ano anterior, quando, em julho, o IGP-M acumulado em 12 meses era positivo em 10,08%.
O IGP-M é composto por três índices de preços ponderados: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Esse índice reflete o comportamento dos preços de produtos e serviços mais relevantes para os setores produtivo, consumidor e de construção civil.
Entre os componentes do IGP-M, o resultado do IPA (-1,05%) foi o que mais contribuiu para a queda em julho. O coordenador da pesquisa, André Braz, explica que o IPA continua apresentando deflação em seus principais grupos, mas o movimento está perdendo força, pois algumas matérias-primas importantes começaram a registrar variações positivas ou menos negativas, como o minério de ferro (de -2,21% para 2,96%), os suínos (de -7,03% para 3,46%) e o milho (de -14,85% para -4,95%).
No que diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), houve uma variação de 0,11% em julho. Quatro das oito classes de despesa pesquisadas apresentaram alta, sendo o grupo de transportes o que mais contribuiu para esse resultado, com a variação passando de -1,68% para 0,70%. O item gasolina foi relevante nessa variação, registrando 3,65% em julho, após uma queda de -3% em junho.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,06% em julho, uma desaceleração em relação à alta de 0,85% registrada no mês anterior.
O IGP-M é popularmente conhecido como “inflação do aluguel”, pois é frequentemente utilizado para reajustar anualmente os contratos de moradia. Além disso, o indicador é utilizado como indexador de contratos de empresas de serviços, como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde. Esse cenário de desinflação pode ter impactos significativos nos diversos setores da economia e na vida cotidiana dos brasileiros.
Informações: Agência Brasil